quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Vigário Geral (Carlos Alberto de Pinho Junior)

Olhos brilham na escuridão
Das sombras de Vigário Geral
Onde a noite é deserta
E o dia . . .
Passa como um bocejo em lá

Ferimentos nos deixam marcas
Paisagem pós-temporal
Ruas mortas , casas caladas
Lembranças do velho Chaparral

Estação , trem , terr’arrasada
Nos ombros de Vigário Geral

(. . .)

Gente sofrida nos becos , nas vilas
Vivendo de birra , vivendo de medo
Gente escondida atrás da cortina
Querendo abrir a janela e voar . . .

Quem sabe um dia seja
O silêncio aflito vencido
Pelo grito e um peito aberto
Tão certo que a luta não deve acabar . . .