Olhos brilham na escuridão
Das sombras de Vigário Geral
Onde a noite é deserta
E o dia . . .
Passa como um bocejo em lá
Ferimentos nos deixam marcas
Paisagem pós-temporal
Ruas mortas , casas caladas
Lembranças do velho Chaparral
Estação , trem , terr’arrasada
Nos ombros de Vigário Geral
(. . .)
Gente sofrida nos becos , nas vilas
Vivendo de birra , vivendo de medo
Gente escondida atrás da cortina
Querendo abrir a janela e voar . . .
Quem sabe um dia seja
O silêncio aflito vencido
Pelo grito e um peito aberto
Tão certo que a luta não deve acabar . . .
TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #109
Há uma semana
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